Wikipedia

Resultados da pesquisa

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

SARAU POÉTICO/ POETA MARCOS SANTAROSSA


     

















     RENASCER CÓSMICO

                       By Marcos Santarossa

          Falar de Renascer
        faz perceber a força da essência
        e sentir a magnitude da vida
        com a identidade viva e vibrante.
        Sentir íntegro na beleza do ser cósmico
        participando do espetáculo universal.
        Ser um ser em expansão conscio e perfilado 
        ao regozijo da vida e por participar 
        da epopéia cósmica.

__________________________________
O Poeta Marcos Santarossa, é Professor e Facilitador de Biodanza no Rio.

                                                            

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

SARAU POÉTICO -- Autor Isaias P Carriço Caderno de Poesias

A INCERTEZA DE UM MUNDO MAIS LIMPO

O homem desafia o tempo
Enquanto isso o lodo se refaz
As ultimas chuvas já são lagos ou novas ondas
Mas o homem não muda
Se depender dele o lixo fica,
O lixo se multiplica
Entao ele vai esconder
O seu lixo dentro de um lago fertil
Dentro de uma maré azul;
Embaixo das folhas
Nas margens do leito de um rio,
No quintal do amigo;
Novas tempestades virão e a natureza com todo o seu poder faz a sua parte 
e reserva para o homem um momento melhor;
Mas sabemos que o lixo fica,
O lixo fica enraizado em seu terreno
...à céu aberto;o homem dorme e acorda
com o seu lixo; no lixo e prefere ignorar
o seu futuro.
Esquece ele que ainda não há outro mundo
para a sua felicidade "Eterna". 
Prosa Autor Isaias Prudencio Carriço - Caderno de Poesias 2020; Arte Itau Cultural - Reprodução Fotográfica.

domingo, 2 de fevereiro de 2020

SARAU POÉTICO / POETISA CECÍLIA MEIRELES

Resultado de imagem para cecilia meireles

 Motivo

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.

sábado, 21 de dezembro de 2019

SARAU POÉTICO/ Poeta Marcos Santarossa


  OLHAR VIVO


Não bastasse o olhar vivo
Não bastou a carícia:
o olhar venceu o silencio
se espraiou livre.
Fez fluir a vida, insentida
Lampejo em mundo de ilusões.

By Marcos Santarossa

(Urban Arts)

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

A BELEZA E INTROSPECÇÃO NOS POEMAS DO FRANCÊS BAUDELAIRE

A giganta
Pois quando a Natureza, em seu capricho exato,
Gerava estranhos seres raros, dia a dia,
Uma giganta moça – eis do eu gostaria,
Para viver-lhe aos pés com a volúpia de um gato.
Ver seu corpo florir com a flor de sua alma...
E crescer livremente em seus terríveis jogos;
Ver se não teria no peito alguma oculta chama,
Com as chispas molhadas que mostra nos olhos.
Percorrer à vontade a realeza das formas,
Escalar a vertente dos joelhos enormes
E, quando os sóis do estio, à complacência alheios,
Estendem-na, cansada, ao longo da campina,
Dormir descontraído à sombra dos seus seios,
Como abrigo tranqüilo ao pé de uma colina.
.
XIX
La géante
Du temps que la Nature en sa verve puissante
Concevait chaque jour des enfants monstrueux,
J’eusse aimé vivre auprès d’une jeune géante,
Comme aux pieds d’une reine un chat voluptueux.
J’eusse aimé voir son corps fleurir avec son âme
Et grandir librement dans ses terribles jeux;
Deviner si son coeur couve une sombre flamme
Aux humides brouillards qui nagent dans ses yeux;
Parcourir à loisir ses magnifiques formes;
Ramper sur le versant de ses genoux énormes,
Et parfois en été, quand les soleils malsains,
Lasse, la font s’étendre à travers la campagne,
Dormir nonchalamment à l’ombre de ses seins,
Comme un hameau paisible au pied d’une montagne.
– Charles Baudelaire [tradução Décio Pignatari] em “Poesia pois é poesia 1950-2000”. Décio Pignatari. Cotia SP: Ateliê Editorial | Campinas SP: Editora da UNICAMP, 2004, p. 273.
§

sábado, 7 de dezembro de 2019

DOCE NO OLHAR, MAS DISCRIÇÃO AGUÇADA

Eu visitei o poeta
         para Aleksandr Blok
Eu visitei o poeta
ao meio-dia em ponto. Domingo.
Quietude no amplo quarto
e, fora das janelas, o frio
e um sol cor de amoras silvestres,
envolto em névoa hirsuta e azulada…
Com que olhar aguçado o taciturno
anfitrião olhava para mim!
Tinha olhos daquele tipo
de que a gente nunca se esquece;
melhor seria, cuidadosa,
eu não devolver seu olhar.
Mas me lembrarei sempre da conversa,
o meio dia nevoento, domingo,
naquela casa alta e cinzenta,
junto aos portões do Nevá para o mar.
janeiro de 1914
.
“Я пришла к поэту в гости…”
Александру Блоку
Я пришла к поэту в гости.
Ровно полдень. Воскресенье.
Тихо в комнате просторной,
А за окнами мороз.
И малиновое солнце
Над лохматым сизым дымом…
Как хозяин молчаливый
Ясно смотрит на меня.
У него глаза такие,
Что запомнить каждый должен,
Мне же лучше, осторожной,
В них и вовсе не глядеть.
Но запомнится беседа,
Дымный полдень, воскресенье,
В доме сером и высоком
У морских ворот Невы.
Январь 1914
– Anna Akhmátova (Анна Ахматова). “Eu visitei o poeta | Я пришла к поэту в гости”.. [tradução Lauro Machado Coelho]. no livro “Poemas russos”. [organização Mariana Pithon e Nathalia Campos]. Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2011, p. 63.
§