EU SOU, PRESENTE
By Marcos Santarossa
Sou o mar que bate
lambendo a areia
beijando a sereia
que se me escapole.
Sou a lua em dia de céu claro,
de momentos estelares.
Sou as folhas das árvores
que voam sem direção.
Sou as estrelas, caladas
misteriosas.
Sou o tempo, na serenidade do infinito.
Sou os repentes
que fazem dos momentos, raros.
Sou transparente,
o meu lado avesso
é o inverso de mim.
Sou a chuva intermitente
na madrugada, sempre.
Sou água
que corre pelas veias,
vaza pelos poros
sai nos vasos
diluindo-se no dia-a-dia.
Sou as piramides do Egito,
historia perdida no tempo.
Sou a cidade-luz
que seduz ao longe.
Cidade eterna sou
em seus mistérios.
Sou o fogo que queima:
injustiças, iniquidades, corrupções.
Sou o eterno andarilho
busco o caminho em meus descaminhos.
Sou a têmpora dos mares
arredio e inconstante.
Sou o vento que sopra
nos rostos dos femininos eus.
Sou todas as mulheres
com seus véus e anéis,
bonitas a caminhar pela vida.
Sou a esperança de mim,
sem esperar, esperar o quê?
Sou o compasso
não tendo passo
nem rastro.
Sou as cores vivas,
belezas vívidas.
Sou poeta simplesmente
lapido a palavra
em forma de sentimento.
Sou palavra-vento.
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